sábado, 18 de abril de 2015

Eduardo Galeano - foto de Eugênio Mazzinghi

“A utopia está lá no horizonte. Aproximo-me dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar”.

“Vivemos em plena cultura da aparência: o contrato de casamento importa mais que o amor, o funeral mais que o morto, as roupas mais do que o corpo e a missa mais do que Deus”.

“Nossa derrota esteve sempre implícita na vitória dos outros. Nossa riqueza sempre gerou nossa pobreza por nutrir a prosperidade alheia: os impérios e seus beleguins nativos”.

”A pobreza antes era considerada obra da injustiça. O mundo moderno considera a pobreza incapacidade”.

“Na América Latina, a liberdade de expressão consiste no direito ao resmungo em algum rádio ou em jornais de escassa circulação. Os livros não precisam ser proibidos pela polícia: os preços já os proíbem.” 

Acima frases de Eduardo Galeano, escritor, ensaísta, historiador e ficcionista, Galeano morreu aos 74 anos nesta sexta-feira 13 de abril de 2015.  Autor de obras como: “As Veias Abertas da América Latina”, “Memórias de Fogo”, “Dias de Noites de Amor e Guerra” entre outros. Comecei entender mais sobre o continente na juventude com As Veias Abertas, publicado em 1971, onde aprendi a admirar Galeano que desvendou para mim e a muitos outros jovens a alma da América Latina, como a voz mais crítica da literatura latino-americana.

Jaime  Baghá Um latino americano