quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Judiciário Brasileiro, periférico, opaco e desonesto.

DESORDEM E RETROCESSO.
Próximas as campanhas eleitorais, não posso deixar de manifestar-me sobre a nossa escória sem escrúpulos, vergonhosamente protegidos por um judiciário igualmente espúrio e igualmente canalha, que acintosamente sacaneia o povo brasileiro.
“O político”, (salvo raríssimas exceções) é o câncer do Brasil, os falsos, os parasitas que impedem as reformas estruturais, o crescimento e a prosperidade do povo, uma praga da burocracia e da corrupção, que impedem a diminuição e a simplificação dos impostos, entregam nossas riquezas e produtos estratégicos ao capital estrangeiro, criam órgãos inúteis e perdulários, negam a reforma e a descentralização da previdência, a reforma eleitoral com a implantação do voto distrital, a regularização do coeficiente eleitoral dos estados e a fidelidade partidária.
Negam a reestruturação de estados e municípios que não possuem autonomia econômica. São responsáveis pelas prisões superlotadas, disseminação da droga como uma epidemia, a violência e a miséria humana.
Espero o  dia em que  este povo ira cansar-se de ser espoliado por vocês e este judiciário vagabundo e tenhamos um estado civilizado e centrado nas suas obrigações essenciais, fazendo jus ao imposto que arrecada, para proporcionar de maneira eficaz a infra-estrutura e os serviços vitais para a nação, com um estado democraticamente de direito para seu povo.  Jaime Baghá

Horário Eleitoral

Ode aos Herdeiros Políticos.
Ganham aos catorze anos a primeira gravata, com as cores do partido que melhor os ilude. Aos quinze, seguem a caravana. Aplaudem conforme o cenho das chefias. São os chamados anos de formação. Aí aprendem a compor o gesto, a interpretar humores, a mentir honestamente. Aprendem a leveza das palavras, a escolher o vinho, a espumar de sorriso nos dentes. Aprendem o sim e os não mais oportunos. Aos vinte anos, já conhecem pelo cheiro o carisma de uns, a menos-valia de outros, enquanto prosseguem vagos estudos de direito ou economia. Estão de olho nos primeiros cargos; é preciso minar, desminar, intrigar, reunir. Só os piores conseguem ultrapassar essa fase. Há então os que vão para os municípios, os que preferem os organismos públicos. Tudo depende de um golpe de vista ou dos patrocínios à disposição. É bem o momento de integrar as listas de elegíveis, pondo sempre a baixeza acima de tudo. A partir do parlamento, tudo pode acontecer: diretor de empresa pública, coordenador de campanha, assessor de ministro, ministro, diretor executivo, presidente da caixa, embaixador na pqp!... Mais à frente, para coroar a carreira, o golden-share de uma cadeira ao pôr-do-sol. No final, para os mais obstinados, pode haver nome de rua (com ou sem estátuas), flores de panegírico, fanfarra e... formol!             
Jose Miguel Silva. 
Sobre o autor: poeta contemporâneo português,nasceu em maio de 1969, em Vila de Gaia, no distrito do Porto. Este poema está no livro "Movimentos no Escuro". Lisboa, 2005.
Provocações: Abujamra - 03/04/2012




HIPOCRISIA
A hipocrisia é um vício que está na moda, e todos os vícios que estão na moda são vistos como virtudes. O personagem do homem de bem é o mais fácil de interpretar em nossos dias, qualquer hipócrita o representa com razoável perícia. É uma arte cuja impostura é sempre respeitada, e mesmo que seja descoberta, ninguém ousa dizer nada contra ela. Todos os outros vícios dos homens estão expostos à censura, e cada um tem a liberdade de atacá-los em voz alta; mas a hipocrisia é um vício privilegiado: com sua mão ela tapa a boca de todo mundo e goza tranquilamente de uma impunidade soberana. Hipócritas usam as mesmas máscaras, possuem semelhantes comportamentos e afetações, formam assim um grupo fechado e autoprotetor: quem atacar um vai ter o revide de todos os outros. Por mais que se saiba de suas intrigas e futricas, que se conheça e divulgue aquilo que realmente são, nem por isso eles perdem o prestígio e a estima das pessoas.
Molière


Justiça